Em
meio à pandemia no novo coronavírus muitas pessoas decidiram incluir
práticas de atividades físicas na rotina diária. Com mais tempo sobrando
e impossibilitados de sair de casa em razão do isolamento social, a
maioria busca alternativas em redes sociais e canais do Youtube.
A
facilidade de encontrar atividades fáceis de serem executadas,
combinadas com “ganhos” físicos imediatos, além terem pouco ou nenhum
custo, são os fatores que influenciam pessoas a procurarem pelos
exercícios na internet.
Por
conta disso, boa parte dos adeptos dos treinos de internet acabam
desenvolvendo problemas físicos, como lesões e problemas nas
articulações, já que, em muitas das vezes, quem decide passar as
atividades não tem formação acadêmica exigida ou não leva em
consideração o perfil de cada pessoa.
A Gazeta de Alagoas
conversou com um grupo que criou o projeto ‘TRI MCZ Assessoria
Esportiva’. Renally Luna, Ândrea Santos e Drumond Gilo fizeram um alerta
para as pessoas que fazem uso desses treinos.
“O
problema desses treinos é que são generalizados. Um aluno iniciante não
está apto para algumas exigências, como também não saberá a execução
correta do mesmo. Isso acarreta, muitas vezes, em mal-estar no meio do
treino ou no final dele. Além disso, pessoas com algumas limitações e
lesões não estão aptas para esse tipo de treino generalizado”, disse
Ândrea, que ainda destacou a importância da avaliação profissional para
poder prescrever a atividade baseada nas necessidades de cada aluno.
Mas,
segundo Renally, isso não quer dizer que as pessoas devem parar de
fazer exercícios, principalmente neste período de quarentena. O segredo é
só prestar atenção em quem ministra as aulas.
“Nós
estamos tentando conscientizar o máximo de pessoas possível para que
elas se exercitem durante este tempo de isolamento. O exercício faz bem,
não somente ao físico, mas ao psicológico. Porém, esse acompanhamento
profissional é necessário, pois é fundamental avaliar o aluno e
respeitar a individualidade do mesmo”.
NOVA REALIDADE
Antes
da quarentena em razão da Covid-19, os três, que são amigos desde o
tempo de faculdade, tocavam o projeto também na praia, em dois dias da
semana, além de acompanhar alunos em corridas de rua, todos os dias,
dependendo da disponibilidade de cada um.
Agora,
sem esse contato físico, engana-se quem pensa que as atividades
pararam. Na verdade, elas foram moldadas de acordo com a nova realidade e
eles contam, principalmente, com o apoio da tecnologia para continuar
desenvolvendo o trabalho.
“Funcionamos
com atendimento online agendado e acompanhamento diário via aplicativo.
Fizemos algumas modificações nos treinos, de acordo com as condições de
cada cliente e, utilizando essa plataforma, conseguimos estar presentes
no dia a dia do nosso cliente. Eles respondem alguns questionários no
próprio app, sobre como foi o treino dele naquele dia e o nível de
esforço. Assim conseguimos avaliar alguns aspectos fisiológicos, como
qualidade do sono, horas dormidas, escala de dor, humor e cansaço. Isso
pode influenciar no desempenho do aluno durante os treinos”, afirmou
Drumond.
OBJETOS DE CASA
Em
casa, os alunos geralmente não dispõem de materiais próprios
específicos para a realização dos treinamentos, mas estão adaptando
objetos que podem ser encontrados com facilidade, como, por exemplo,
garrafas, cabos de vassoura, quilos de alimentos e até mesmo só o peso
do corpo.
As atividades desenvolvidas pela
assessoria não visam somente às pessoas que buscam exercício pela
estética ou para sair do sedentarismo. O atendimento também se estende
para grupos especiais, como idosos, hipertensos, gestantes e obesos.
O
trabalho da TRI MCZ Assessoria Esportiva é divulgado no perfil do
Instagram (@trimczassessoriaesportiva) e ainda há vagas para novos
alunos que desejam incluir atividades físicas na rotina durante a
quarentena.
* Sob supervisão da editoria de Esportes.