Navio que derramou óleo e atingiu a costa brasileira é de bandeira grega.
A
origem do derramamento foi apontada após investigações da Marinha,
Ibama e as universidades Federal da Bahia (UFBA), de Brasília (UnB) e
Universidade Estadual do Ceará (UEC)
A
Polícia Federal identificou como responsável pelo derramamento de óleo
no Nordeste um navio mercante de origem grega. O navio Bouboulina, de
propriedade da empresa Delta Tankers LTD, atracou na Venezuela no dia 15
de julho e o derramamento do petróleo cru teria ocorrido a 700
quilômetros da costa brasileira, como apontaram pesquisadores do
Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia
(Coppe), entre os dias 28 e 29 de julho.
A
embarcação ficou detida nos Estados Unidos por quatro dias, segundo
informações da Marinha. O documento enviado à Polícia Federal aponta que
a detenção se deu por “incorreções de procedimentos operacionais no
sistema de separação de água e óleo descarga no mar”.
A embarcação
O
navio Bouboulina foi construído em 2006 e o seu nome é em homenagem a
Laskarina Bouboulina, heroína na Guerra da Independência Grega. Ele
possui 276 metros de comprimento e tem capacidade para carregar até 164
mil toneladas (somando a carga, passageiros, água, combustível, etc).
De
acordo com monitoramento deito pelo site marinetraffic.com, às 14h14,
no horário de Brasília, o Boubolina estava ancorado na Cidade do Cabo,
África do Sul.
Investigações
As
investigações foram realizadas pela Marinha, Ministério Público
Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) e as universidades Federal da Bahia (UFBA), de
Brasília (UnB) e Universidade Estadual do Ceará (UEC). Além disso, uma
empresa privada do ramo de geointeligência ajudou nas investigações.
O
juiz federal Eduardo Guimarães Farias, da 14ª Vara Federal em Natal,
determinou busca e apreensão na empresa Lachmann Agência Marítima,
apontada como agente marítimo da Delta Tankers LTD. A empresa Witt O
Brien’s também foi alvo de busca e apreensão. As duas empresas são
localizadas no Centro do Rio de Janeiro.