ESPORTE EM FOCO.


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     Palmeiras             0 x 1          Corinthians

Deu Timão.      


"À la 2017", Corinthians vence o Palmeiras e amplia freguesia na arena do rival

Fechado na defesa e com gol de bola parada, Timão chega à quarta vitória em sete Dérbis no novo estádio do Palmeiras; time de Felipão mostra pouca criatividade e abusa das bolas alçadas à área; Deyverson é expulso no fim por cuspir em Richard

 Danilo Avelar comemora gol do Corinthians contra o Palmeiras de Dudu


  Lucas Lima, do Palmeiras, disputa com Manoel, do Corinthians



resumo do primeiro tempo
O Corinthians foi feliz em sua proposta de jogo e, por isso, mereceu a vitória no primeiro tempo. A ideia era clara e remete ao Corinthians de Carille em 2017: segurar na defesa, com linhas de marcação muito próximas, e saída nos contra-ataques. Acabou abrindo o placar aos sete, com Danilo Avelar aproveitando rebote em bola alçada na área em cobrança de falta. Já o Palmeiras foi de uma burocracia absolutamente incompatível com a força de seu elenco. Lucas Lima, por exemplo, foi uma figura nula na armação. Carlos Eduardo, décima contratação mais cara de um clube brasileiro (R$ 25 milhões pagos ao Pyramids, do Egito), irritava a torcida ciscando com pedaladas que não resultavam em nada. Só Dudu parecia tentar se movimentar mais, correndo por todos os lados. Muito pouco para conseguir furar a defesa do Corinthians.

          Vagner Love no banco de reservas                        Corinthians e Palmeiras perfilados para o Hino Nacional

 

 

RESUMÃO

Destaque  Deu Timão
O Palmeiras estava invicto, o Corinthians vinha de derrota em casa para time pequeno, mas clássico é clássico e vice-versa. Jogando no estilo Carille de 2017, fechadinho na defesa e aproveitando os erros do adversário, o Timão bateu o Verdão por 1 a 0 na arena do rival, na tarde deste sábado, pela quinta rodada do Campeonato Paulista. Danilo Avelar, aos 7 minutos do primeiro tempo, fez o único gol do jogo, pegando rebote de cabeçada de Gustagol. O Palmeiras de Felipão mostrou pouca criatividade e abusou das bolas alçadas à área, sem sucesso. Desta vez, não houve polêmicas de arbitragem, como na final do Paulistão do ano passado: o único momento mais tenso foi a expulsão de Deyverson, e foi merecida - o atacante cuspiu no volante Richard, a poucos metros do árbitro Luiz Flávio de Oliveira.
Veja no vídeo os melhores momentos de Palmeiras 0 x 1 Corinthians

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Time de futebol de Brumadinho perde atacante com rompimento de barragem; volante está desaparecido

Marlon Gonçalves era diretor do Canto do Rio. Ele e Max Elias de Medeiros eram funcionários da Vale.

Por Tahiane Stochero, G1 Minas — Brumadinho
Atacante Marlon morreu na tragédia (à direita, agachado, ao lado de criança. Volante Max (5º da esquerda para direita, agachado) está desaparecido — Foto: Tahiane Stochero/G1

O futebol de campo de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, também foi atingido pelo rompimento da barragem 1 da Mina do Feijão, da Vale, que deixou até o momento 121 mortos e 226 desaparecidos.
Um dos times oficiais de futebol amador da cidade, o Canto do Rio Futebol Clube, perdeu o atacante Marlon Gonçalves, identificado entre um dos mortos na tragédia. O volante do time, Max Elias de Medeiros, está desaparecido. Ambos eram funcionários da Vale e trabalhavam no momento em que a barragem se rompeu


Neste sábado (2), o velório de Marlon reuniu dezenas de pessoas em Brumadinho, em momentos de emoção e tristeza dos colegas de campo, que choravam e lamentavam a perda do amigo. Muitos deles usavam a camiseta do time no velório, em homenagem a Marlon. O caixão do atacante, que também era diretor do Canto do Rio Futebol Clube, chegou ao local carregado por familiares e coberto com a camisa do time.
“Ele (Marlon) trabalhava na área administrativa da Vale, mas todas as sextas jogava futebol conosco, nossa pelada semanal no campo que fica próximo ao rio”, disse o colega de clube João Victor de Souza Carlo, de 21 anos, que desde os 10 anos participa de partidas e “peladas” do Canto do Rio.
Segundo os colegas, devido a um problema na perna, Marlon não estava mais participando de competições, mas jogava bola com os amigos do clube todas as sextas-feiras na posição de "atacante”.
 

Colega de time Gabriel Bismark trouxe o filho também Gabriel, de 3 anos, ambos com a camisa do clube de Brumadinho. — Foto: Tahiane Stochero
O também colega de time Gabriel Bismark Ferreira, trouxe o filho João Gabriel, de 3 anos, para o velório de Marlon. Ambos vestiam a camisa do Canto do Rio. O time é rival do outro clube de futebol da cidade, o Brumadinho.
“Marlon era um cara brincalhão demais, estava sempre conosco, tinha um jeito especial de comemorar os gols, cada gol era uma alegria”, disse Gabriel Bismark, afirmando que sentirá falta do amigo.